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terça-feira, 20 de dezembro de 2011

A GLORIA DE CRISTO (JONH PIPER)

O natal e uma celebração cristã ??


O natal é uma celebração cristã? Há motivos para não festejar a data? Rev. Hernandes Dias Lopes faz uma reflexão sobre o assunto

É tempo de natal! As comemorações se iniciam muito antes da data oficial da celebração. Igrejas cristãs em todo o mundo realizam atividades alusivas ao nascimento de Jesus.
Neste período há também especulações sobre ser certo ou errado o cristão festejar a data. A forte comercalização no período faz com que o verdadeiro sentido do natal se perca. Será?
Rev. Hernandes Dias Lopes, apresentador do programa Verdade e Vida (IPB) faz uma reflexão sobre o assunto, de maneira clara.

"O Natal é uma festa cristã e não pagã. Há uma onda entre alguns cristãos, na atualidade, taxando aqueles que comemoram o Natal de serem infiéis e heterodoxos, dizendo que essa comemoração não é legítima nem cristã. Precisamos, a bem da verdade, pontuar algumas coisas:
1. A distorção do Natal. Ao longo dos anos o Natal tem sido desfigurado com algumas inovações estranhas às Escrituras. Vejamos: Primeiro, o Papai-Noel. O bojudo velhinho Papai-Noel, garoto propaganda do comércio guloso, tem sido o grande personagem do Natal secularizado, trazendo a ideia de que Natal é comércio e consumismo. Natal, porém, não é presente do homem para o homem, é presente de Deus para o homem. Natal não é a festa do consumismo; é a festa da graça. Natal não é festa terrena; é festa celestial. Natal é a festa da salvação. Segundo, os símbolos do Natal secularizado. Há muitos símbolos que foram sendo agregados ao Natal, que nada tem a ver com ele, como o presépio, a árvore natalina, as luzes, os trenós, a troca de presentes. Essa embalagem, embora, tão atraente, esconde em vez de revelar o verdadeiro Natal. Encantar-se com a embalagem e dispensar o conteúdo que ela pretende apresentar é um lamentável equívoco. Terceiro, os banquetes gastronômicos e a troca de presentes não expressam o sentido do Natal. Embora, nada haja de errado celebrarmos com a família e amigos, degustando as iguarias deliciosas provindas do próprio Deus e manifestarmos alegria e expressarmos amor na doação ou mesmo troca de presentes, esse não é o cerne do Natal. Longe de lançar luz sobre o seu sentido, cobre-o com um véu.
2. A proibição do Natal. Tão grave quando a distorção do Natal é a proibição da celebração do Natal. Na igreja primitiva a festa do ágape, realizada como prelúdio da santa ceia foi distorcida. A igreja não deixou de celebrar a ceia por causa dessa distorção. Ao contrário, aboliu a distorção e continuou com a ceia. Não podemos jogar a criança fora com a água da bacia. Não podemos considerar o Natal, o nascimento do Salvador, celebrado com entusiasmo tanto pelos anjos como pelos homens, uma festa pagã. Pagão são os acréscimos feitos pelos homens, não o Natal de Jesus. Não celebramos os acréscimos, celebramos Jesus! Não celebramos o Papai-Noel, celebramos o Filho de Deus. Não celebramos a árvore enfeitada, celebramos o Verbo que se fez carne. Não celebramos os banquetes gastronômicos, celebramos o banquete da graça. Não celebramos a troca de presentes, celebramos Jesus, a dádiva suprema de Deus.
3. A celebração do Natal. O Natal de Jesus Cristo foi celebrado com grande entusiasmo em Belém. O anjo de Deus apareceu aos pastores e disse-lhes: “Não temais, eis que vos trago boa nova de grande alegria, que será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lc 2.11). Natal é a boa nova do nascimento de Jesus. É o cumprimento de um plano traçado na eternidade. É a consumação da mensagem dos profetas. É a realização da expectativa do povo de Deus. Natal é a encarnação do Verbo de Deus. É Deus vestindo pele humana. Natal é Deus se fazendo homem e o eterno entrando no tempo. Natal é Jesus sendo apresentado como o Salvador do mundo, o Messias prometido, o Senhor soberano do universo. Quando essa mensagem foi proclamada, os céus se cobriram de anjos, que cantaram: “Glórias a Deus nas maiores alturas e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem” (Lc 2.14). O verdadeiro Natal traz glória a Deus no céu e paz na terra entre os homens. Natal é boa nova de grande alegria para todo o povo. O verdadeiro Natal foi celebrado com efusiva alegria no céu e na terra. Portanto, prossigamos em celebrar o nascimento do nosso glorioso Salvador!"
Rev. Hernandes Dias Lopes

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

CONSTRUINDO SOBRE A ROCHA


CONSTRUINDO SOBRE A ROCHA
"O texto bíblico para a mensagem de hoje está no Evangelho segundo S. Mateus, capítulo sete. Permitam-me ler a partir do versículo vinte e quatro: "Todo aquele, pois, que ouve estas palavras e as pratica, será comparado a um homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha; e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, que não caiu, porque fora edificada sobre a rocha. E todo aquele que ouve estas minhas palavras e não as pratica, será comparado a um homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia; e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, e ela desabou, sendo grande a sua ruína." Mateus 7:24-27

Aqui o Senhor Jesus novamente divide os membros da Igreja em dois grupos. Este pensamento se repete muitas vezes na Bíblia: trigo e joio, virgens prudentes e insensatos, enfim. Agora vemos aqui um homem prudente e outro homem insensato. Ambos reunidos na mesma Igreja. O homem prudente edifica a sua casa sobre a rocha e quando vêm a tempestade, as turbulências e as enchentes, a casa permanece firme. O homem insensato edifica sua casa sobre a areia e quando os ventos sopram, a tempestade vem e a noite escura chega, a casa cai em pedaços porque foi construída sobre a areia.O que é que o Senhor Jesus está querendo dizer? Para entender isto precisamos ler o verso 24, que diz assim: "Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras..." Mateus 7:24


A quais palavras o Senhor Jesus está se referindo? Permitam-me ler a partir do versículo 21, para entender este assunto: "Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então lhes direi explicitamente: Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade." Mateus 7:21-23. O verso seguinte diz: "Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica, será comparado a um homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha." Mateus 7:24


Percebeu? O Senhor Jesus nos apresenta o dia da Sua volta, quando a sentença de salvação ou perdição é dada. Há um grupo de homens e mulheres que está se perdendo e Jesus lhes disse: "Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus." Mateus 7:21Evidentemente, este grupo não fez a vontade do Pai. Mas eles reclamam e não aceitam o veredito divino. Eles dizem: "Um momento, Senhor! Um momento! Como é que não fizemos a vontade do Pai, se nós fizemos milagres, expulsamos demônios e profetizamos?"





Aqui está um assunto muito delicado. Permita-me perguntar-lhe: expulsar demônios não é fazer a vontade do Pai? Fazer milagres e profetizar não é fazer a vontade do Pai? "Não, Pastor? isto não é fazer a vontade do Pai? Fazer a vontade do Pai é guardar os dez mandamentos?" Você pode me dizer. Mas, esses homens, os judeus, a quem Jesus estava falando, eram campeões em guardar os dez mandamentos. Eles guardavam os mandamentos tão rigorosamente que só para o sábado eles tinham um monte de pequenos mandamentos. Eram pessoas que dizimavam até a menta e o coentro. Como é que não guardavam os mandamentos? Eles já tinham passado pelo primeiro estágio da vida espiritual. Eles já estavam num estágio mais avançado. Profetizavam, faziam milagres e expulsavam demônios. Mas Jesus diz: "Vocês estão se perdendo porque não fizeram a vontade do Pai." E quando eles reclamam, Jesus responde: "Eu não os conheço, não sei quem são vocês. Poderão ter profetizado, feito milagres, guardado mandamentos, feito tudo, mas eu não conheço vocês. Apartem-se de mim, praticantes de iniqüidade." E depois disto Jesus diz: "Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras (esta explicação que acabo de dar) e as pratica, será comparado a um homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha; ... E todo aquele que ouve estas minhas palavras e não as pratica, (e não as leva a sério) será comparado a um homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia." Mateus 7:24 e 26

O que Jesus está tentando nos dizer é que fazer a vontade do Pai não é somente portar-se bem ou mal, como não matar, não roubar, não fumar, não usar drogas, não fazer isso ou aquilo. Fazer a vontade do Pai não é somente expulsar demônios, fazer milagres ou profetizar. Se apenas isso fosse fazer a vontade do Pai, essas pessoas estariam salvas. Mas elas estão se perdendo. Então, o que é fazer a vontade do Pai? Fazer a vontade do Pai, é fazer tudo aquilo, só que não pelas próprias forças, mas pela dependência permanente de Cristo. Você acha que Jesus quer que você se porte bem e nada mais? Você está completamente enganado. Jesus quer que você se porte bem, sim, mas pelo único método que Ele tem e que é a comunhão, a dependência e o relacionamento com a fonte do poder que é Cristo. Se você se portar bem somente por suas próprias forças, por seu domínio próprio ou por seu moralismo, você NÃO ESTÁ fazendo a vontade do Pai. Mas se você se portar bem porque vive uma vida de comunhão permanente com o Pai, então sim, você ESTÁ fazendo a vontade do Pai. Por isso, todo aquele que edifica a sua vida espiritual no domínio próprio, na força de vontade, no esforço humano, no moralismo, nos regulamentos, na disciplina ou auto-diciplina, todo aquele que fundamenta o prédio da sua vida espiritual nessas coisas, está construindo sobre a areia. Quando vier o vento, a casa vai ruir. Mas aquele que edifica sua experiência espiritual na dependência permanente de Cristo, está edificando na rocha que é Jesus. E se vierem provações ou dificuldades, a fé não vai esmorecer, porque você construiu na rocha que é Cristo.


Pergunto: Por que você está na Igreja à qual pertence? Por que o pastor pregou um sermão bonito? Por que sua mãe pediu? Por que a doutrina lhe convenceu? Você está na Igreja porque os irmãos são muito amorosos? Por que gosta do templo? Por que não gostou da outra Igreja? Sabe, tudo isso é edificar na areia. Se você é cristão porque seu pai chorou, ou porque o pastor pediu, ou a doutrina lhe convenceu, ou por isso, ou por aquilo, quando chegam as tormentas espirituais, sua casa vai ruir. Mas se você é cristão porque se apaixonou por Cristo, porque se enamorou de Jesus, porque Jesus é tudo na sua vida e ela passou a ser uma permanente dependência de Jesus, então você construiu sua casa na Rocha. E que venham provações, ou perseguições, ou dificuldades. Que venham enfermidades, ou morte, ou traição, a sua fé nunca vai desmoronar porque foi edificada na Rocha, que é Cristo.Amigo querido, o Senhor Jesus quer conquistar os seres humanos. Às vezes caimos na vida espiritual, nos machucamos, como Maria Madalena. Às vezes chegamos ao fundo, na miséria, na lama. Lutamos para sair e quanto mais lutamos, mais nos afundamos, impotentes, incapazes, perdidos, acabados. E quando o mundo nos vira as costas, quando até os pais e os amigos mais queridos acham que somos um caso sem solução, aí, no desespero, clamamos a Deus e Ele nos tira para podermos edificar na rocha. E sabe por que chegamos a este ponto? Porque estávamos edificando nossa casa na areia do esforço próprio, do moralismo, do auto-controle.


Você acha que vai vencer a tentação porque tem força? Não vai. E sabe por que? Porque o inimigo que você tem é muito mais astuto do que você imagina. Quando o inimigo quer destruir você, ele não é bobo para se apresentar e dizer: "Oi, como vai, eu sou o diabo e estou aqui para arruinar a sua vida." O diabo se esconde, se disfarça e não se disfarça de coisas feias, não! Ele escolhe as coisas mais bonitas. Ele se esconde atrás de uma mulher bonita, para arruinar a vida de um cristão. Ele se esconde atrás de um rapaz bonito, para arruinar a vida de um mulher cristã. Ele se esconde atrás de uma garrafa fascinante! Acaso o inimigo mostra um fígado se deteriorando na garrafa de bebida alcoólica? Não! Ele mostra bolhas, pedras de gelo, uma maravilhosa aventura. Ele não mostra um maço de cigarro com um pulmão destruído pelo câncer. Não! Ele mostra um homem cheio de saúde, cavalgando pelas montanhas. O inimigo se esconde atrás de filosofias, mensagens, ideologias e até de religiões bonitas. Ele não é tolo para escolher coisas feias. O diabo escolhe as melhores coisas, as mais belas, para enganar e arruinar. E uma vez que arruina, escraviza, não se contenta somente em derrotá-lo, mas também humilha, pisa, estraçalha e leva ao fundo do poço, para depois dar uma gargalhada de vitória. É por isso que sua fé não pode estar edificada em cima de recursos humanos. Não pode estar somente edificada na Igreja, na doutrina, na música, nos irmãos ou no pastor. Sua fé tem que estar fundamentada em Cristo, unicamente em Cristo. Todas as demais coisas só têm sentido quando o centro de tudo é Cristo. É por isso que S. Paulo escreve em Efésios 6:10. Ele diz: "...sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder... porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e, sim, contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes."


A sua luta não é contra um homem, a sua luta é contra o inimigo das almas, astuto, covarde, traiçoeiro. Ele não prepara uma tentação para todo o mundo, não! O diabo tem uma fábrica de tentações e nessa fábrica ele tem muitos anjos seus trabalhando. Ele tem sua ficha completa desde o dia em que você nasceu, quem são seus pais, sua herança genética, a educação que você recebeu, os traumas psicológicos que você carrega aonde você cresceu, quem foram seus amigos... tudo está no arquivo do inimigo. Com estes dados, o inimigo prepara tentações personalizadas. A tentação sai da fábrica do diabo com "nome e endereço". Porque você sabe que, o que é tentação para você, pode não ser para mim. O que para mim é tentação, pode não ser para você. Mas o diabo conhece a vida de cada um. É por isso que não podemos, muitas vezes, resistir ao inimigo, é por isso que temos que edificar nossa fé na rocha.






Meu amigo, quando falamos de tentação, temos que levar em conta que TENTAÇÃO não é pecado. Não se sinta mal quando um pensamento imundo sobe à sua cabeça. Não se sinta um pecador porque em seu coração aparece um sentimento negativo. Não se sinta miserável porque a tentação aparece em sua vida. Deixe o diabo tentar quanto ele quiser. Você não é pecador porque é tentado. O pecado começa quando você passa a acariciar a tentação. Martinho Lutero tem uma ilustração interessante. Ele afirma que: "Você não pode impedir que os passarinhos voem por cima da sua cabeça, mas pode evitar que façam ninhos sobre ela." (Martinho Lutero). Querido, se um passsarinho está voando por aí, deixe-o voar, ele é livre, que voe por onde quiser. Agora, se o passarinho pegar uma palhinha, trouxer e colocar na sua cabeça, sair outra vez e trouxer outra palhinha, aí, não! A sua cabeça é sua cabeça. Você tem o direito de dizer: "Saia daqui!" Tentação é o passarinho voando. Pecado é o passarinho fazendo ninho na sua cabeça.

Você está deitado em sua cama e um pensamento sujo sobe à sua mente. Não se sinta pecador, isso é tentação, TENTAÇÃO não é pecado. Você está tranqüilo e de repente vê uma cena que lhe provoca um pensamento sujo, isto não é pecado, isto é tentação. Pecado é quando você começa a acariciar, a se deleitar, a trabalhar no pensamento, então, você está caindo no pecado.


Voltemos agora ao conselho de Paulo: "...sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder."Efésios 6:10


E Jesus diz: Todo aquele que ouve estas minhas palavras e entende que não basta obedecer, ou ser membro de uma Igreja, mas tem que edificar sua casa na Rocha. Qualquer um que entender estas minhas palavras está contruindo para a eternindade.


É isso que eu e você precisamos entender, meu querido. Não nos salvaremos porque fomos bons membros de Igreja, nem sequer porque fomos bons pais, ou bons esposos. Não será porque cumprimos todos os mandamentos de Deus que vamos nos salvar. Não! Tudo isso é areia. O ser humano não pode depositar a confiança da sua salvação na areia. Tem que colocar seus olhos em Cristo e edificar sua fé na rocha que é Jesus.


Você está disposto a fazê-lo? Está disposto a abrir o coração a Jesus e depositar sua confiança nele? Faça-o agora.



domingo, 11 de dezembro de 2011

João Calvino e “Os Cinco Pontos do Calvinismo”

É muito comum se ouvir falar sobre “Os Cinco Pontos do Calvinismo”. Eu mesmo, quando me tornei aluno da classe de catecúmenos, com a finalidade de ser membro da Igreja Presbiteriana do Brasil, lembro-me de ouvir por várias vezes falar sobre esse assunto. Contudo, meu raciocínio não era outro, senão, o de achar que o autor destes pontos era de fato o próprio reformador do século XVI: João Calvino. Mas somente no Seminário pude ter um contato mais próximo com obras literárias que falavam sobre o assunto, e, desta forma, creio ter sido esclarecido sobre o que realmente vem a ser “Os Cinco Pontos do Calvinismo”.
Portanto, o objetivo deste pequeno artigo é esclarecer de forma simples quem de fato escreveu os chamados “Cinco Pontos do Calvinismo”, por qual razão e porque eles são “cinco pontos” ao invés de sete ou dez. Além disso, procuraremos destacar a sua relevância para a nossa teologia.

1. Autoria
Ao contrário do que muitos pensam, não foi João Calvino quem escreveu “Os Cinco Pontos do Calvinismo”. Talvez algumas pessoas ficarão impressionadas com esta afirmação. No entanto, a magna pergunta que se faz é: Se não foi Calvino, quem foi então? “Estes cinco pontos foram formulados pelo Sínodo de Dort, Sínodo este convocado pelos estados Gerais (da Holanda) e composto por um grupo de 84 Teólogos e 18 representantes seculares, entre esses estavam 27 delegados da Alemanha, Suíça, Inglaterra e outros países da Europa reunidos em 154 Sessões, desde 13 de novembro de 16 18 até maio de 1619” . [1] Portanto, peca por ignorância quem afirma ser João Calvino o autor destes cinco pontos, porque na verdade, a afirmação correta é que estes “pontos” foram fundamentados tão somente nas doutrinas ensinadas por ele. Aliás, este sistema doutrinário, se assim podemos chamá-lo, foi elaborado somente 54 anos após a morte do grande reformador (1509-1564).
 
2. Razão de sua Escrita
Os Cinco Pontos do Calvinismo foram formulados em resposta a um “documento que ficou conhecido na história como ‘Remonstrance' ou o mesmo que ‘Protesto'”, [2]apresentado ao Estado da Holanda pelos “discípulos do professor de um seminário holandês chamado Jacob Hermann, cujo sobrenome latino era Arminius (1560-1600). Mesmo estando inserido na tradição reformada, Arminius tinha sérias dúvidas quanto à graça soberana de Deus, visto que era simpático aos ensinos de Pelágio e Erasmo, no que se refere à livre vontade do homem”. [3] Este documento formulado pelos discípulos de Arminius tinha como objetivo mudar os símbolos oficiais de doutrinas das Igrejas da Holanda (Confissão Belga e Catecismo de Heidelberg ), substituindo pelos ensinos do seu mestre. Desta forma, a única razão pela qual Os Cinco Pontos do Calvinismo foram elaborados era a de responder ao documento apresentado pelos discípulos de Arminius.

3. Porque Cinco Pontos?
Este documento formulado pelos alunos de Jacob Arminius tinha como teor cinco principais pontos, conhecidos como “Os Cinco Pontos do Arminianismo. E como já dissemos logo acima, em resposta a este Cinco Pontos do Arminianismo, o Sínodo de Dort elaborou também o que conhecemos como “Os Cinco Pontos do Calvinismo” ao invés de sete ou dez. Estes pontos do calvinismo são conhecidos mundialmente pela palavra TULIP, um acróstico popular que na língua inglesa significa:
T otal Depravity Total Depravação
U nconditional Election Eleição Incondicional
L imited Atonement Expiação Limitada
I rresistible Grace Graça Irresistível
P erseverance of Saints Perseverança dos Santos

4. Os Cinco Pontos do Arminianismo Versus Os Cinco Pontos do Calvinismo [4]
 
Arminianismo
Calvinismo
 
1. Vontade Livre – O arminianismo diz que a vontade do homem é “livre” para escolher, ou a Palavra de Deus, ou a palavra de Satanás. A salvação, portanto, depende da obra de sua fé.
 
1. Depravação Total – O calvinismo diz que o homem não regenerado é absolutamente escravo de Satanás, e, por isso, é totalmente incapaz de exercer sua própria vontade livremente (para salvar-se), dependendo, portanto, da obra de Deus, que deve vivificar o homem, antes que este possa crer em Cristo.
 
 
2. Eleição Condicional – O arminianismo diz que a “eleição é condicional, ou seja, acredita-se que Deus elegeu àqueles a quem “pré-conheceu”, sabendo que aceitariam a salvação, de modo que o pré-conhecimento [de Deus] estava baseado na condição estabelecida pelo homem.
 
2. Eleição Incondicional – O calvinismo sustenta que o pré-conhecimento de Deus está baseado no propósito ou no plano de Deus, de modo que a eleição não está baseada em alguma condição imaginária inventada pelo homem, mas resulta da livre vontade do Criador à parte de qualquer obra de fé do homem espiritualmente morto.
 
 
 
3. Expiação Universal – O arminianismo diz que Cristo morreu para salvar não um em particular, porém somente àqueles que exercem sua vontade livre e aceitam o oferecimento de vida eterna. Daí, a morte de Cristo foi um fracasso parcial, uma vez que os que têm volição negativa, isto é, os que não querem aceitar, irão para o inferno.
 
 
3. Expiação Limitada – O calvinismo diz que Cristo morreu para salvar pessoas determinadas, que lhe foram dadas pelo Pai desde toda a eternidade. Sua morte, portanto, foi cem por cento bem sucedida, porque todos aqueles pelos quais ele não morreu receberão a “justiça” de Deus, quando forem lançados no inferno.
 
4. A Graça pode ser Impedida – O arminianismo afirma que, ainda que o Espírito Santo procure levar todos os homens a Cristo (uma vez que Deus ama a toda a humanidade e deseja salvar a todos os homens), ainda assim, como a vontade de Deus está amarrada à vontade do homem, o Espírito [de Deus] pode ser resistido pelo homem, se o homem assim o quiser. Desde que só o homem pode determinar se quer ou não ser salvo, é evidente que Deus, pelo menos, “permite” ao homem obstruir sua santa vontade. Assim, Deus se mostra impotente em face da vontade do homem, de modo que a criatura pode ser como Deus, exatamente como Satanás prometeu a Eva, no jardim [do Éden].
 
4. Graça Irresistível – O calvinismo entende que a graça de Deus não pode ser obstruída, visto que sua graça é irresistível. Os calvinistas não querem significar com isso que Deus esmaga a vontade obstinada do homem como um gigantesco rolo compressor! A graça irresistível não está baseada na onipotência de Deus, ainda que poderia ser assim, se Deus o quisesse, mas está baseada mais no dom da vida, conhecido como regeneração. Desde que todos os espíritos mortos (= alienados de Deus) são levados a Satanás, o deus dos mortos, e todos os espíritos vivos (= regenerados) são guiados irresistivelmente para Deus (o Deus dos vivos), nosso Senhor, simplesmente, dá a seus escolhidos o Espírito de Vida. No momento que Deus age nos eleitos, a polaridade espiritual deles é mudada: Antes estavam mortos em delitos e pecados, e orientados para Satanás; agora são vivificados em Cristo, e orientados para Deus.
 
 
5. O Homem pode Cair da Graça – O arminianismo conclui, muito logicamente, que o homem, sendo salvo por um ato de sua própria vontade livremente exercida, aceitando a Cristo por sua própria decisão, pode também perder-se depois de ter sido salvo, se resolver mudar de atitude para com Cristo, rejeitando-o! (Alguns arminianos acrescentariam que o homem pode perder, subseqüentemente, sua salvação, cometendo algum pecado, uma vez que a teologia arminiana é uma “teologia de obras” – pelo menos no sentido e na extensão em que o homem precisa exercer sua própria vontade para ser salvo). Esta possibilidade de perder-se, depois de ter sido salvo, é chamada de “queda (ou perda) da graça”, pelos seguidores de Arminius. Ainda, se depois de ter sido salva, a pessoa pode perder-se, ela pode tornar-se livremente a Cristo outra vez e, arrependendo-se de seus pecados, “pode ser salva de novo”. Tudo depende de sua continua volição positiva até à morte!
 
 
  5. Perseverança dos Santos – O    calvinismo sustenta muito simplesmente que a salvação, desde que é obra realizada inteiramente pelo Senhor – e que o homem nada tem a fazer antes, absolutamente, “para ser salvo” -, é óbvio que o “permanecer salvo” é, também, obra de Deus, à parte de qualquer bem ou mal que o eleito possa praticar. Os eleitos ‘perseverarão' pela simples razão de que Deus prometeu completar, em nós, a obra que ele começou. Por isso, os cinco pontos de TULIP incluem a Perseverança dos Santos .

Seria necessário maior espaço para expormos convenientemente o tema proposto, pela sua abrangência, profundidade e influência. Mas desejamos fazer algumas observações importantes para, dessa forma, estimular os leitores a ler e estudar João Calvino.


João Calvino é uma figura não só controversa, mas ainda muito desconhecida e mal compreendida por muitos. Nesta data importante para os calvinistas de todo o mundo, não é exagero afirmar que a história da teologia pode ser dividida em pré e pós João Calvino, devido ao seu legado teológico. A abrangência e influência de seu pensamento fazem dele um dos principais teólogos de todos os tempos da Igreja Cristã.
 
Foi a mente brilhante de João Calvino que cristalizou a Reforma Protestante. O calvinismo não foi um movimento teológico passageiro. É impossível fazer teologia de modo responsável sem interagir com o legado de Calvino. O calvinismo é um modo completo de ver, entender e existir; é um sistema que envolve todos os aspectos da vida humana.
 
Embora a concepção popular do pensamento teológico de Calvino seja a de um sistema rigorosamente lógico, centrado sobre a doutrina da predestinação, isto não é verdade. Falar de Calvino como um teólogo sistematizador implica em um grau de afinidade com o escolasticismo medieval que contradiz suas atitudes conhecidas. Também sugere um deslocamento significativo entre Calvino e sua cultura, que não percebeu que nenhuma razão particular para produzir obras de “teologia sistemática” – um gênero literário que, de qualquer modo, estava firmemente identificado com a preservação do tão desprezado escolasticismo.

 
A obra teológica de Calvino
 
A obra magna da exposição do pensamento teológico de João Calvino é conhecida pelo nome de As Institutas. Em importância, influência e qualidade, essa obra não possui rival na história da teologia. Ela poderia ser comparada, talvez, à Cidade de Deus de Agostinho, ou a Summa de Tomás de Aquino, possivelmente à Dogmática Eclesiástica de Karl Barth.
 
 Entretanto, a todas essas a obra-prima de Calvino supera. As Institutas são um livro onde encontramos não apenas o melhor compêndio de teologia cristã, segundo alguns teólogos, mas também a base de uma cosmovisão cristã, cuja abrangência e consistência são sem igual na história da igreja. Ele ainda produziu comentários sobre quase todos os livros do Novo Testamento (exceto 2 e 3 João e Apocalipse) e, no Antigo, escreveu sobre o Pentateuco, Josué, Salmos e sobre os profetas maiores e menores (Isaías e Malaquias). A série Corpus Reformatorum contém 872 sermões de Calvino.
 
A biblioteca de Genebra possui 2035 desses sermões em manuscrito. Ele também publicou folhetos e tratados com temas apologéticos (contra católicos e anabatistas) e de assuntos gerais sobre a Reforma da Igreja. Um dos mais conhecidos é o tratado sobre a Ceia do Senhor (escrito quando estava em Estrasburgo), em que combate os pontos de vista do romanismo e do luteranismo e dá o seu próprio ponto de vista sobre a ordenança.
 
 Através de cartas se comunicou com outros reformadores, soberanos, igrejas perseguidas e protestantes encarcerados, pastores, colportores, e outros. Uma das mais famosas de suas cartas, além da que prefacia a sua obra magna, dirigida ao rei Francisco I, é sua resposta ao cardeal Sadoleto. Este ícone da teologia cristã ainda produziu escritos litúrgicos e catequéticos. Logo depois da 1ª edição das Institutas, Calvino escreveu o seu primeiro “catecismo” a que deu o nome de Instrução de Fé, em 1537, que verteu para o francês em 1538. Em Genebra, escreveu também com outro catecismo, ao qual deu o formato de catecismo mesmo, hoje conhecido como o Catecismo de Genebra. Ali escreveu também uma Confissão de Fé, livro de ordem litúrgica e administração eclesiástica (disciplina), saltério, etc.
 
Pelo volume de seus escritos se percebe a profundidade de seu pensamento. É certo que as Institutas, obra publicada em sua versão final em 1559, têm sido frequentemente comparadas às outras obras, com suas 512 questões, 2.669 artigos e mais de 10.000 objeções e réplicas - em sua abrangência e influência. Mas isto é confundir puro volume literário e influência histórica com afinidade teológica.
 
Como um estudo da evolução das Institutas indica, Calvino originalmente concebeu a obra em termos modestos, sem qualquer pretensão à abrangência metodológica. A reordenação do material, entre as edições no período de 1536 a 1559, reflete considerações mais pedagógicas que metodológicas. A preocupação de Calvino é mais humanista que escolástica – ajudar seus leitores, ao invés de impor-lhes um método sobre o pensamento.
 
 As Institutas de 1559 combinam as virtudes cardeais da educação humanista – clareza e compreensividade – permitindo a seus leitores acesso a uma apresentação clara e completa dos principais pontos da fé cristã, que Calvino desejava que fossem entendidos. Em nenhum ponto há qualquer evidência que sugira um princípio condutor, axioma ou doutrina – exceto a clareza de apresentação – que governa a forma ou a substância da obra.

 
A amplitude do pensamento de Calvino
 
Não há uma doutrina central no pensamento de Calvino. Podem-se localizar certos temas nuclearmente importantes, certas metáforas fundamentais, mas a noção de uma doutrina ou um axioma central que o controle não pode ser sustentada. Não há um “núcleo”, nem “princípio básico” ou “premissa central”, nenhuma “essência” do pensamento teológico de Calvino. Todavia, não se pode negar que um dos pilares do pensamento de Calvino é o pressuposto da iniciativa e soberania divinas. Todas as formulações teológicas de Calvino emergem deste a priori.
 
Diferentemente do que se pensa, não é a doutrina da predestinação que prepondera e governa a soteriologia de Calvino, mas sim o grande mistério da união mística com Cristo da qual, aliás, o Novo Testamento fala com metáforas de profunda intimidade, e que tem sido apontado com um dos temas centrais em Calvino, talvez até a viga mestra de todo o seu edifício teológico.
 
Ele construiu e deixou este grande legado à igreja, especialmente pela sua apreciação aos textos originais. João Calvino foi um exegeta notável, levando para si o título de exegeta da Reforma, tornando-se o mais importante modelo da aplicação do conteúdo histórico-gramatical, criando um novo modelo hermenêutico para a história da interpretação cristã.
 
A força do pensamento de Calvino não está na sua capacidade de expressar de modo claro, correto e profundo o verdadeiro sentido das afirmações bíblicas. O pensamento teológico do pastor curador de almas foi expresso com sua visão de teólogo e seu saber de jurista, focada em honrar a Deus acima de todas as coisas. Para ele as pessoas devem buscar a perfeição no cotidiano da vida, honrando a Deus pelas contínuas conquistas advindas do trabalho, pois a sua teologia é aplicada à vida como um todo e para servir à sociedade em geral.
 
Referências bibliográficas
O Pensamento de João Calvino – Editora Mackenzie
A vida de João Calvino – Editora Cultura Cristã – Alister McGrath
Calvino, Genebra e a Reforma – Editora Cultura Cristã – Ronald Wallace.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Pequeno Resumo sobre Joao calvino

João Calvino (Noyon, 10 de julho de 1509— Genebra, 27 de maio de 1564 foi um teologo cristao frances Calvino teve uma influência muito grande durante a Reforma Prostestante, uma influência que continua até hoje. Portanto, a forma de Protestatismo que ele ensinou e viveu é conhecida por alguns pelo nome Calvinismo, mesmo se o próprio Calvino teria repudiado contundentemente este apelido. Esta variante do Protestantismo viria a ser bem sucedida em países como a Suiça (país de origem), Paises baixos, Africa do sul (entre os africanderes), Inglaterra, Escocia e Estado unidos da america
Nascido na Picardia, ao norte da França, foi batizado com o nome de Jean Cauvin. A tradução do apelido da familia "Cauvin" para o latim Calvinus deu a origem ao nome "Calvin", pelo qual se tornou conhecido.
Calvino foi inicialmente um humanista. Nunca foi ordenado sacerdote. Depois do seu afastamento da Igreja católica, este intelectual começou a ser visto, gradualmente, como a voz do movimento protestante, pregando em igrejas e acabando por ser reconhecido por muitos como "padre". Vítima das perseguições aos protestantes na França, fugiu para Genebra em 1536, onde faleceu em 1564. Genebra tornou-se definitivamente num centro do protestantismo Europeu e João Calvino permanece até hoje uma figura central da história da cidade e da Suiça.
Martinho Lutero escreveu as suas 95 teses em 1517, quando Calvino tinha oito anos de idade. Para muitos, Calvino terá sido para a língua francesa aquilo que Lutero foi para a língua alemã - uma figura quase paternal. Lutero era dotado de uma retórica mais direta, por vezes grosseira, enquanto que Calvino tinha um estilo de pensamento mais refinado e geométrico, quase de filigrana. Citando Bernard Cottret, biógrafo (francês) de Calvino: "Quando se observa estes dois homens podia-se dizer que cada um deles se insere já num imaginário nacional: Lutero o defensor das liberdades germânicas, o qual se dirige com palavras arrojadas aos senhores feudais da nação alemã; Calvino, o filósofo pré- cartesiano, percursor da língua francesa, de uma severidade clássica, que se identifica pela clareza do estilo"
João Calvino morreu em Genebra a 27 de maio de 1564. Foi enterrado numa sepultura simples e não marcada, conforme o seu próprio pedido.

O que e a Fé Reformada?

A Fé Reformada é a religião Cristã em sua expressão mais consistente. Esta não é uma reivindicação de que outras, que não seguem as confissões Reformadas, não sejam Cristãs. É simplesmente a insistência de que há apenas uma religião verdadeira e de que sua expressão mais consistente é a Fé Reformada.
O próprio Jesus disse: “13. Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; 14. e porque estreita é a porta, e apertado o caminho que conduz à vida, e poucos são os que a encontram.” (Mt. 7.13-14) Não há duvida de que alguns vêem este caminho mais claramente do que outros. E Jesus não disse que apenas os consistentes seriam capazes de entrar. Mas como é claro que há apenas um caminho! Além disso, Jesus claramente insistiu para que este único caminho de salvação fosse ensinado consistentemente. “18 E, aproximando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. 19 Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; 20 ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.”(Mt. 28.18-20). A manutenção do conteúdo consistente e integral da religião verdadeira é assunto de maior importância. Não nos cabe julgar o quanto um pecador em particular deve saber para que seja salvo. Mas não há dúvida quanto à tarefa da Igreja neste mundo: preservar integralmente a palavra de Cristo com ensino consistente e fiel.